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Decoração rústica com artesanatos dos índios Baniwa

Na decoração de ambiente com estilo rústico não se trata apenas de eleger artes decorativas artesanais com materiais naturais como madeira e fibras vegetais, mas trazer para o espaço peças que sustentam na simplicidade da composição a grandeza de uma cultura, cuja arte conta a nossa história.

Os índios brasileiros da etnia Baniwa encontram no artesanato um poderoso instrumento de identidade cultural e símbolo resistência como a maioria as artes indígenas ao redor do mundo. O estilo peculiar dos grafismos são mantidos de geração a geração ilustrando tanto seus objetos utilitários tradicionais quanto as produções artísticas mais complexas com trançados de arumã para decoração, como as cestarias decoradas, e os pequenos móveis de madeira reflorestada.

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O artesanato indígena incorpora valores culturais e ambientais à decoração rústica.

A cultura Baniwa está situada na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela, nos afluentes dos rios Içana e Negro, onde a arte milenar dos índios de língua aruak resiste ensinada pelos índios antepassados para os homens da tribo que preparam e tingem as fibras de arumã e transpõem os grafismos em trançados peculiares para transformar a decoração.

A arte da cestaria de arumã para finalidade comercial começou a ser feita sob encomenda, respeitando as tradições e a produção sustentável, em 1993, mas apenas em 1998 tornou-se possível a comercialização com gestão direta das associações Baniwa a fim de proporcionar autonomia econômica da etnia e agregar valor cultural e ambiental as peças.

Os padrões gráficos da cestaria Baniwa foram marcados pelos ancestrais nas pedras como petróglifos e são marchetados nas cestas de arumã em preto (obtido do carvão de embaúba macerado ou da fuligem dos fornos para cerâmica) e/ou em vermelho (de sementes tintórias como urucum) conforme o trançado da fibra natural que estrutura urutus (oolódas, cestos grandes), balaios (waláya, cestas rasas), jarros (kaxadádali, vasos barrigudos) e peneiras (dopítsi, cestos com tramas espaçadas).

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Trançados de arumã são utilitários da cultura Baniwa que se tornaram artes decorativas.

O waláya makapóko (balaio grande) é uma peça importante nos rituais de iniciação Baniwa, momento em que os meninos aprendem a trançar as cestas, cujo alcance da perfeição no acabamento marca a transição para a vida adulta. A estética diferenciada deste balaio Baniwa favorece a exploração de possibilidades na decoração rústica além de tornar detalhes como os grafismos indígenas o ponto focal do ambiente, valorizando a história e a essência da peça.

O kaxadáli (jarro “barrigudo”), por sua vez, é o que melhor integra a arte indígena aos elementos modernos da decoração de interiores. Tradicionalmente utilizado como cesto organizador, o vaso de fibra natural Baniwa tem formato inspirado no universo, segundo a cosmologia da tribo indígena. Para a comercialização foram desenvolvidos vasos grandes que tornaram o uso no ambiente mais versátil como porta guarda-chuva ou cachepô.

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O jarro Baniwa destaca-se com a estética original do formato barrigudo (kaxadádali).

Embora os cestos Baniwa sejam as artes indígenas mais conhecidas da etnia, englobando também objetos utilitários como o tipi (tirolípi), o pega-moça (inhaimii-tirolípi), o paneiro (dzawithída) e o beiju (péethe), outras produções artísticas são realizadas engrandecidas de memória cultural como a cerâmica e a arte em madeira com a produção de pequenos móveis.

Inspiradas no Kumurõ (banco Tukano) ou estilizadas com criatividade, os banquinhos artesanais são entalhados de forma inteiriça e pintados à mão com urucum e grafismos representando as sílabas gráficas que desenham as cestarias. Cada padrão gráfico apresenta um nome Baniwa e significados particulares conforme o clã.

A combinação destes padrões étnicos com a escultura rústica do banco de madeira o tornam um móvel único para personalizar o ambiente com a essência da cultura indígena Baniwa e agregar características inovadoras e exclusivas na decoração.

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Banqueta artesanal feita por índios Baniwa inspirada no banco Tukano Kumurõ.

A estética simples e calorosa acentuada pela estrutura dos materiais de origem natural dispostos em peças enriquecidas com desenhos étnicos fazem da arte Baniwa um conjunto surpreendente para fazê-lo se sentir acolhido no ambiente. Inspire-se com o melhor da cultura indígena em nossa loja online!

Namastê!

Milene Sousa - Arte & Sintonia

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